Introdução
Nos passados dias 12 a 15 de Outubro a convite da Spira, tivemos a oportunidade de participar na Bienal AR&PA - Feira do Património, em Angra do Heroísmo, dedicada este ano ao tema - Tecnologia e Património.
Antes de mais o nosso obrigado a Catarina Valença Gonçalves, responsável da Spira, pelo convite e pela organização de mais um magnifico evento, este ano também associado à celebração dos 40 anos da lindíssima cidade de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, como património Mundial.
Tecnologia e a Experiência Patrimonial
O mote do convite da Spira à worldIT foi centrado na nossa pegada de 20 anos de soluções tecnológicas para muitos clientes do mercado nacional e internacional.
A worldIT está desde o seu início focada no desenvolvimento de soluções corporativas centradas na gestão da relação com o cliente e a sua utilização para marketing e canais. Com um leque de clientes muito forte no mercado privado, o convite para participar na exposição e talks também passou pelo objetivo de dar a conhecer outras perspetivas da tecnologia aplicada ao património.
Nomeadamente, fugimos da mais explorada e com muitas (e boas) soluções focadas na experiência das visitas de património. A tecnologia da experiência da visita está centrada na interação - Ecrãs, realidade aumentada e virtual, e muitas outras iniciativas tecnológicas focadas no espaço de visitação e que fomentam o enriquecimento da experiência.
A nossa perspetiva de uso da tecnologia, é mais focada na gestão geral à volta do património, como sejam os sistemas de visitação, o serviço ao público, potencial e interessado, e a comunicação e divulgação.
Do ponto de vista da worldIT a abordagem para o património (e reforçamos a nossa posição após a bienal) é, que a tecnologia pode ser uma ferramenta auxiliar para fomentar o “consumo” de património em primeiro lugar, e em segundo lugar, como o fazer com uma perspetiva real de que a sustentabilidade da existência do património também está intrinsecamente ligada às atividades económicas.
Existem vários casos de uso que potenciam esta perspectiva:
Sistemas de Customer Data - A criação de repositórios centralizadores de dados dos públicos que permitam segmentar e direcionar a comunicação da melhor forma -
Soluções de CRM - A utilização de sistemas de relação com o cliente eficientes, que permitam gerir a garantia de serviço, tanto da entidade património como de serviços auxiliares que o suportam - restauração, alojamento, transporte.
Marketing e canais de comunicação (apps, portais) - A comunicação e canais de comunicação adequados aos perfis, tanto dos experimentadores do património, como dos parceiros de suporte mencionados no ponto anterior e outros - operadores turísticos, funcionários municipais, alojamento etc.
Claro que a teoria é fácil e existem numerosos desafios. Alguns são claramente identificáveis:
Escala - a necessidade de ligar os vários intervenientes para ganhar escala - os municípios e comunidades inter municipais são pela sua natureza candidatos a liderarem as iniciativas;
Financiamento - claramente a angariação de fundos para o desenvolvimento dos sistemas tecnológicos, bem como para a sua manutenção e ainda a manutenção dos equipamentos do património;
Recursos Humanos - A qualificação mas também a disponibilidade dos recursos humanos em regiões com baixa densidade. A tecnologia tb aqui poderá ser uma solução, através de utilização de sistemas remotos de domótica e vigilância mas também de ferramentas de partilha de informação e gestão entre elementos.
Maturidade digital e RGPD - Como em quase todos os campos o equilíbrio entre a informação tratada e a privacidade é importante para garantir bom serviço.
O património tem um impacto direto para cidadãos e visitantes, bem como para empresas, negócios, ofícios, regiões e até um impacto direto na fixação de populações contribuindo de forma muito significativa para a estima própria de habitantes de regiões muitas vezes negligenciadas - é importante que seja rentabilizado!
Conclusão
A nossa visão - de alguém que não domina os bastidores do tópico e das instituições relacionadas com a gestão de património - não aparenta estar errada. A nossa realidade diária tem como base que só avançam negócios que são aprovados pelos clientes quase exclusivamente na premissa de que tem valor e retorno.
Foi com esta visão que participámos nos painéis de debate e exposição, e foi esta visão que nos pareceu confirmada durante o evento. O património tem um potencial imenso. O usufruto deste potencial deve ser colhido também pragmaticamente com a visão de que pode e deve ser economicamente sustentável, a bem do futuro. A correta e eficiente gestão, a eficaz comunicação e o bom serviço ao público do produto património, é critico para o futuro do mesmo, e as tecnologias de CRM e canais de contacto são tal como no panorama dos negócios privados, uma componente essencial na melhoria continua dos processos.
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